
O grande risco do HPV é sua ligação com alguns tipos câncer, especialmente os genitais, o de colo do útero, e o câncer anal. Com mais de 110 subtipos, os papilomas podem se manifestar na forma de verrugas externas e internas difíceis de serem detectadas. A médica explica que esta detecção pode acontecer em exames preventivos, o que pode demorar, de caso para caso, e acabar por permitir ao vírus com que se fortaleça na parte interna do corpo. “O vírus precisa de células para se multiplicar e tem preferência pelas células da parte genital inferior da mulher, incluindo o colo do útero”, alerta a especialista.
A boa notícia é a recente descoberta de vacinas contra a doença. Ainda que só tenham efeito contra quatro dos mais de 100 subtipos de HPV, elas agem contra os mais agressivos, ou seja, os mais ligados ao surgimento de cânceres e verrugas. Induzindo a produção de anticorpos contra a doença, a vacina funciona na maioria dos casos, mas deixa a paciente suscetível a outros subtipos.
Em relação aos tratamentos, a médica destaca a necessidade de uma abordagem individualizada de cada caso. “Depende do tipo de verruga que surge em cada mulher, bem como de seu sistema imunológico”, destaca a ginecologista. “Em boas condições de saúde, no entanto, a tendência é que o próprio sistema imunológico feminino elimine o vírus, sem necessidade de nenhum tipo de tratamento”, acrescenta.
Maior incidência em homens
Apesar de se manifestar mais violentamente em mulheres, o HPV não é exclusivo delas. Na realidade, de acordo com a ginecologista, embora não haja números exatos da incidência, sabe-se que a doença é mais comum entre os homens. A médica destaca que o número é, provavelmente, maior do que o conhecido, devido à resistência masculina em realizar os exames de detecção.
Como a doença possui transmissão basicamente sexual, a especialista recomenda que o casal faça exames e, em caso positivo, tratamentos em conjunto. “Além disso, não podemos esquecer a necessidade de se fazer sexo com preservativo em todas as etapas, especialmente durante o tratamento”, conclui a médica.
Fonte: www.midianews.com.br
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