Parece o sonho de toda mulher insatisfeita com o próprio corpo: tirar um pouco da gordura onde ela for indesejada e aplicá-la nos seios para equilibrar a silhueta.
Uma técnica desse tipo foi divulgada pelo cirurgião austríaco Karl-Georg Heinrich, especialista em tratamento regenerativo e estético com células-tronco, na Conferência ICAS (International Cell Assisted Surgery) que aconteceu em maio deste ano, em Istambul, na Turquia.
Ao invés de próteses de silicone, o cirurgião utiliza depósitos de gordura da própria paciente, enriquecida com células-tronco.
O método foi desenvolvido no Japão em 2003, como alternativa à reconstrução da mama após o câncer com implantes de silicone.
A gordura é lipoaspirada de depósitos do corpo, geralmente a partir do bumbum, quadris e coxas. As células-tronco são extraídas do tecido adiposo, se desenvolvem em gordura corporal processada e são injetadas sob a glândula mamária e a pele.
A silhueta dos novos seios é moldada manualmente pelo cirurgião.
Em entrevista à Folha, Heinrich diz que a cirurgia é menos invasiva do que a que usa próteses de silicone.
"O aumento da mama pode ser realizado com anestesia local e não deixa cicatrizes visíveis depois de alguns meses. Após o procedimento, os pontos se fecham sozinhos e se curam como a incisão de uma injeção."
De acordo com o médico, a operação pode durar um dia inteiro, por conta de todas as etapas, mas a paciente volta para casa no mesmo dia.
Na clínica que leva o nome de Heinrich, localizada em Viena, o procedimento custa cerca de 7.500 euros.
RESSALVAS
Omar Lupi, especialista em biologia molecular e consultor da clínica do banco de células-tronco Cryopraxis, faz algumas ressalvas.
"Na utilização médica, a técnica ainda não é completamente dominada. A célula-tronco é colocada numa placa de gordura com determinadas substâncias e moléculas, e começa a produzir células adiposas ou musculares. Mas o processo demanda uma retirada de volume muito grande", afirma.
Segundo Lupi, a quantidade de células-tronco que pode ser aproveitada é muito pequena -cerca de 0,5%. O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Sebastião Nelson Edy Guerra, também faz críticas à novidade.
"Tem muito mastologista que condena a técnica, pois algumas gorduras podem apresentar calcificações, que podem ser confundidas com calcificações patológicas", afirma. Para ele, mais estudos são necessários.
"Ainda não temos um acompanhamento a longo prazo. As células-tronco são muito mais usadas nas regenerações do que na cirurgia plástica. É um embrião em franca evolução."
Uma técnica desse tipo foi divulgada pelo cirurgião austríaco Karl-Georg Heinrich, especialista em tratamento regenerativo e estético com células-tronco, na Conferência ICAS (International Cell Assisted Surgery) que aconteceu em maio deste ano, em Istambul, na Turquia.
Ao invés de próteses de silicone, o cirurgião utiliza depósitos de gordura da própria paciente, enriquecida com células-tronco.
O método foi desenvolvido no Japão em 2003, como alternativa à reconstrução da mama após o câncer com implantes de silicone.
A gordura é lipoaspirada de depósitos do corpo, geralmente a partir do bumbum, quadris e coxas. As células-tronco são extraídas do tecido adiposo, se desenvolvem em gordura corporal processada e são injetadas sob a glândula mamária e a pele.
A silhueta dos novos seios é moldada manualmente pelo cirurgião.
Em entrevista à Folha, Heinrich diz que a cirurgia é menos invasiva do que a que usa próteses de silicone.
"O aumento da mama pode ser realizado com anestesia local e não deixa cicatrizes visíveis depois de alguns meses. Após o procedimento, os pontos se fecham sozinhos e se curam como a incisão de uma injeção."
De acordo com o médico, a operação pode durar um dia inteiro, por conta de todas as etapas, mas a paciente volta para casa no mesmo dia.
Na clínica que leva o nome de Heinrich, localizada em Viena, o procedimento custa cerca de 7.500 euros.
RESSALVAS
Omar Lupi, especialista em biologia molecular e consultor da clínica do banco de células-tronco Cryopraxis, faz algumas ressalvas.
"Na utilização médica, a técnica ainda não é completamente dominada. A célula-tronco é colocada numa placa de gordura com determinadas substâncias e moléculas, e começa a produzir células adiposas ou musculares. Mas o processo demanda uma retirada de volume muito grande", afirma.
Segundo Lupi, a quantidade de células-tronco que pode ser aproveitada é muito pequena -cerca de 0,5%. O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Sebastião Nelson Edy Guerra, também faz críticas à novidade.
"Tem muito mastologista que condena a técnica, pois algumas gorduras podem apresentar calcificações, que podem ser confundidas com calcificações patológicas", afirma. Para ele, mais estudos são necessários.
"Ainda não temos um acompanhamento a longo prazo. As células-tronco são muito mais usadas nas regenerações do que na cirurgia plástica. É um embrião em franca evolução."
Fonte: A Folha
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