G1
É um desafio à elegância feminina e à saúde da mulher também. Como andar se equilibrando em um salto alto se as ruas e as calçadas das grandes cidades brasileiras mais parecem um campo minado de buracos?
Alguns centímetros acima do chão e a autoestima nas alturas.
“Porque a mulher fica mais elegante, fica mais ereta, fica mais bonita”, diz uma mulher.
Mas a elegância pode desabar no próximo passo, em um buraquinho. Calçada de pedrinha portuguesa também é uma armadilha.
“Soltou a capinha (do salto) porque estava andando nesse piso todo esburacado. E não tem jeito, tem que trocar mesmo. Se não ele escorrega”, explica um sapateiro.
Ainda tem buraco com terra onde o salto afunda, rampa, e as rachaduras nas calçadas. E o salto sai do pé e vai para a mão a caminho da sapataria.
“Eu venho aqui toda semana trocar salto”, informa uma cliente.
Por dia, uma sapataria em Vitória faz reparos em 30 saltos. E as pessoas já perceberam que as obras nas ruas fazem o movimento aumentar na sapataria, o que deixa o sapateiro bastante sorridente.
Mais clientes nas sapatarias para consertar o salto alto e, também, mais pacientes nos consultórios. Alguns médicos têm percebido um aumento na procura de mulheres que tiveram algum problema por causa do salto do sapato.
Mais clientes nas sapatarias para consertar o salto alto e, também, mais pacientes nos consultórios. Alguns médicos têm percebido um aumento na procura de mulheres que tiveram algum problema por causa do salto do sapato.
“A cada dia as crianças começam a usar salto mais cedo. Crianças com cinco, seis anos”, alerta o médico Tanguy Friço.
Mas como é impossível convencer as mulheres a usar sempre tênis, ou sapato sem salto, não haveria uma dica? O salto anabela, ou plataforma, quebram menos, mas se pisar em uma pedra também podem provocar lesão.
“Nos Estados Unidos já é costume ir para o serviço de tênis ou de sandália baixa levando o calçado dentro da bolsa, e quando chegam, elas colocam o salto alto", conclui o médico.
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