Mercado de beleza cresce e já tem faturamento de R$ 24,7 bi por ano

Cifra é 15% maior que a de 2008. Crescimento é alimentado pela entrada dos consumidores da classe C no mercado.
G1

Em pleno domingo, centenas de pessoas foram às compras numa loja no Centro de São Paulo. Isso é uma pequena amostra do que anda acontecendo no mercado.

O setor faturou R$ 24,7 bilhões foi o faturamento total do setor no Brasil no ano passado. Quase 15% a mais que o ano anterior.

Mas quais foram os fatores que contribuíram para o crescimento das indústrias de beleza no Brasil? Um deles, sem dúvida, foi a entrada com força total da classe C no mercado consumidor. Um outro, fundamental, foi a quantidade de produtos nas prateleiras.

Tem tudo que é preço e uma infinidade de marcas. Esta cabeleireira já não exerce mais a profissão, mas continua querendo do bom e do melhor.

“Você não sabe nem o que escolher, de tanto que tem”, diz a cabelereira Edna Mancini.

“Hoje a gente não tem um produto genérico que é voltado para todo mundo e sim um produto que é voltado pra cada condição e necessidade de público diferente”, explica Adelino Kaoru Nakano, vice-presidente da Associação Brasileira da Cosmetologia.

Nem quando o orçamento aperta, os consumidores param de comprar.

“As pessoas em momento de crise estão com a autoestima baixa, Então o que acontece, as pessoas, principalmente as mulheres, para se sentirem bem, vão comprar um batom, vão comprar uma maquiagem para se sentirem bem”, diz Nakano.

Ele tem razão!

“Sempre dão um jeito, mesmo quando a grana está mais curta”, concorda a manicure Maria Dinalva.

“Mesmo em época de crise, a gente continua comprando”, confessa a advogada Michele Teixeira. “A mulher brasileira gosta de se sentir bonita, de ter a autoestima elevada, Então toda mulher quer se sentir bonita”, prossegue.

Agora não são só elas. No passado era estranho, mas hoje é normal ver homens usando produtos de beleza.

“Tem mais homem no salão, com certeza, Não só no cabelo, mas fazendo unha, limpeza de pele, tudo. O homem está fazendo tudo”, diz Danilo de França Vargas, cabelereiro.

O mercado de comésticos no Brasil já é o terceiro maior do mundo, Só perde para os Estados Unidos e Japão.