A depilação a laser ganhou popularidade entre as mulheres, se multiplicou nas clínicas de estética e é uma oferta comum nos sites de compra coletiva. Nesses casos, procedimentos que custam em média R$ 1 mil chegam a ser vendidos por R$ 200. O argumento financeiro é tentador, mas é importante pesquisar antes de comprar pacotes de tratamento: existem vários tipos de laser, cada um indicado para um tipo de pele. E comprar no escuro, sem orientação médica, pode trazer mais problemas que benefícios.
O melhor laser é indicado de acordo com o tipo de pele e cor e espessura do pelo |
Conhecer mais sobre o aparelho utilizado na clínica ajuda o consumidor a não se iludir. Entre os tipos de laser estão o Alexandrita e o Ruby, que são melhores para pelos finos e peles mais claras. Já o NdYAG é a alternativa para peles negras, e o laser de diodo, por sua vez, é indicado para pelos escuros e grossos. Existem no mercado também os tratamentos com luz pulsada, que não são laser, mas podem trazer bons resultados em pessoas de pele clara e pelos finos, desde que indicado
Riscos e ineficácia
Um dos pontos que devem ser avaliados na aplicação do laser é a intensidade. O método pode estimular ou destruir fios, tudo depende da forma de utilização. Caso a energia aplicada seja muito baixa, é possível que os fios não desapareçam totalmente e sobrem só os mais finos, que são difíceis de remover depois. “Nesse caso o laser não responde mais e é preciso fazer eletrólise ou conformar-se”, diz Valéria. Ela lembra também que nem todos os procedimentos são considerados definitivos e, em alguns casos, os fios voltam a crescer depois de algum tempo.
A retirada dos pelos com sucesso acontece em cerca de cinco sessões. Pacotes de tratamento que exigem uma quantidade maior podem indicar que o consumidor está sendo lesado. “Algumas clínicas fazem menos disparos por vez ou mais fracos. Como um jardineiro que cobra pouco. Ele tira três matos e deixa o resto lá”, exemplifica Valéria.
A promessa de um procedimento indolor também é motivo de desconfiança. Embora os aparelhos mais modernos causem menor desconforto em relação aos primeiros que chegaram ao mercado, a depilação ainda incomoda e não é eficaz se o paciente não sente nada.
Arrependimentos
Quem já comprou um tratamento que não corresponde ao seu tipo de pele ou necessidade pode tentar pedir o dinheiro de volta. Isso se aplica para as ofertas pela internet que não tinham informações detalhadas sobre o procedimento e riscos. “E por se tratar de venda realizada fora do estabelecimento, o consumidor pode exercer o direito de arrependimento no prazo de sete dias da compra”, explica a advogada Ri Lee Cerdeira.
Para evitar problemas, Valéria Campos recomenda uma consulta prévia com um dermatologista que irá avaliar o tipo de pele, contraindicações e acompanhar o tratamento. “É um procedimento médico. Procure um profissional em que você confie”, diz.
Via - delas.ig.com.br
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